Leptina

Leptina

A leptina é um peptídeo tem 167 aminoácidos de produção quase exclusiva do tecido adiposo. Sua produção é regulada pelas alterações induzidas pela insulina no adipocito e os seus níveis relacionam-se com os níveis de massa de tecido adiposo. A leptina age no sistema nervoso central promovendo menor ingestão alimentar e incrementando o metabolismo energético, além de afetar eixos hipotalâmico-hipofisários e regular mecanismos neuroendócrinos.
A leptina circula no plasma de forma livre ou ligada a proteínas e são significativamente maiores em pessoas obesas que nas pessoas magras, sendo 2-3 vezes maiores nas mulheres.
Desempenha um papel central na fertilidade, influenciando a libertação de GnRH e gonadotrofinas. Tem ação reguladora da imunidade e resposta inflamatória.
Na obesidade, os níveis circulantes elevados não induzem a resposta esperada de diminuição da digestão e aumento do dispêndio energético.
Uma causa envolve um possível defeito no transporte da leptina através da barreira hematoencefálica. A menor expressão de receptores da leptina em indivíduos com obesidade associada à ingestão de dietas ricas em gorduras também pode ser uma explicação.
No ser humano adulto, os níveis de leptina respondem lentamente ao jejum e começam a diminuir após 12-14 horas. A transcrição do gene da leptina diminui no jejum mais prolongado.

Artigos
Artigo 1: Leptina: aspectos sobre o balanço energético, exercício físico e amenorréia do esforço
Esse artigo comenta os aspectos da leptina. Abaixo os itens principais:
A leptina atua como um sinal hormonal que veicula informação do tecido adiposo para o eixo reprodutivo. Esse hormônio pode constituir um fator decisivo para o início do desenvolvimento puberal, pois existe associação entre concentração de leptina plasmática, o início da puberdade e a menstruação (3,4). A manutenção de uma concentração mínima de leptina parece ser necessária para o funcionamento adequado do sistema reprodutivo na fase adulta.