leptina

Está bem estabelecido que a maioria das espécies de mamíferos são capazes de manter a sua quantidade de gordura corporal (um compartimento que em grande parte contribui para o peso corporal) em um certo nível durante períodos prolongados. Mesmo alterações profundas na adiposidade, tais como aquelas associadas com o jejum prolongado, superalimentação, ou lipectomia (lipoaspiração), muitas vezes levam a respostas comportamentais e/ou metabólicas previsíveis para restaurar o nível anterior de gordura corporal. Este fenômeno implica na existência de um sinal de feedback relacionado com a adiposidade de reservas de gordura para o cérebro. Evidências mostram que é leptina tem um papel importante relacionado a esse feedback, representando uma importante candidata envolvida no envio de informações ao sistema nervoso central (SNC), quanto à quantidade de gordura corporal.
A leptina, um produto de 167 aminoácidos do gene OB, é produzida principalmente pelos adipócitos e segregada na circulação proporcionalmente à massa de gordura em muitas espécies, incluindo roedores e seres humanos. A leptina pode atingir o cérebro por meio de um sistema de transporte específico, ainda não perfeitamente estudado, atingindo seus receptores, localizados nos núcleos hipotalâmicos arqueado, dorso medial, ventro medial, paraventricular e lateral, todas as áreas de que se sabe estarem envolvidas no controle da homeostase da energia.
Consistente com o seu papel presumido de sinalização da quantidade de gordura para o SNC, a administração de leptina “reduz a ingestão” de alimentos e aumenta o gasto de energia e a termogênese, e, portanto, promove a perda de peso corporal em roedores deficientes de leptina e geneticamente normais. O fato de que os roedores obesos e os seres humanos têm altos níveis de leptina circulante poderia indicar uma relação entre o aumento da massa de gordura e um mau funcionamento do ciclo de feedback leptina para as regiões do SNC envolvidas na regulação do balanço