Lellelel

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2.0 Os Moluscos
2.1 Medicina Popular
O Filo Molusca é um dos maiores filos do Reino Animal, perdendo apenas para o Artrópoda. Aproximadamente 50.000 espécies deste filo já foram descritas. Os moluscos são, em geral, animais bentônicos de corpo mole, sendo representados pelas ostras, lesmas, mexilhões, caracóis, polvos e lulas.
O uso de moluscos nas práticas tradicionais de cura vem sendo empregado desde antigamente e em diferentes contextos socioculturais nacionais e estrangeiros, como no caso do aruá (Pomacea sp.), onde no Nordeste seus ovos são usados para tratar de disenterias e doenças respiratórias. Podem ser também utilizados na técnica de emplastro de feridas. O animal também é consumido com fins medicinais: cozinha-se um aruá, acrescentando-se farinha à água para engrossar o caldo, que é dado ao doente de asma. Outra receita para tratar asma é a seguinte: jogasse o molusco à brasa, matando-o; depois de retirado da concha ele é torrado e moído. O chá feito com o pó é bebido pelo paciente, mas, segundo este mesmo autor, este não poderá saber o que está tomando senão o remédio não surtirá efeito. O caldo resultado do cozimento desse molusco é recomendado para a cura de hemorroidas, aplicando-se localmente (Costa Neto, 2005).
Em Alagoas na década de 1930 se preparado um caldo feito à base de cascas do sururu, sendo ingerido acreditando-se no poder do caldo no combate à surdez. Os ovos do aruá eram utilizados para se preparar um lambedor que serviria para o tratamento de tosses.
No mesmo estado ainda eram utilizados Lucina pectinata, como afrodisíaco, Mytella charruana para enfermidades oculares e Cassis tuberosa no combate de doenças ligadas às vias respiratórias (Costa Neto, 2005).
No estado de Pernambuco quatro espécies de bivalves são conhecidas para fins medicinais entre pescadores do Canal de Santa Cruz: marisco-pedra (Anomalocardia brasiliana); sururu (M. falcata); taioba (Iphigenia brasiliana); e ostra (Cassostrea rhizophorae). Esses

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