Leitura, texto e sentido.

Frequentemente ouvimos falar sobre a importância da leitura na nossa vida, sobre a necessidade de se cultivar o hábito de leitura entre crianças e jovens.
E, diante disso, destacam-se questões como: O que é ler? Para eu ler? Como ler? Evidentemente essas perguntas poderão ser respondidas de diferentes modos revelando uma concepção de leitura, de sujeito, de língua, de texto e de sentido (que se adote).
Assim, de acordo com a concepção de língua como a atividade de captação das ideias do autor e o texto é visto como um pensamento do mesmo. Já na concepção de língua como código e de sujeito predeterminado pelo sistema, o texto é visto como simples produto da codificação de um emissor, cabendo ao leitor o reconhecimento do sentido das palavras e estruturas do texto. Em ambas, o leitor realiza uma atividade de reconhecimento e de produção. Diferente das concepções anteriores, a inter-racial (dialógica) da língua, os sujeitos são atores/construtores sociais e ativos que se constroem e são construídos no texto. A leitura torna-se então uma atividade interativa altamente complexa de produção dos sentidos. De acordo com os Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa, a leitura é o processo no qual o leitor enquanto construtor de sentido utiliza-se de estratégias como seleção, antecipação, inferência e verificação. Já a concepção de estratégia de leitura, põe em foco o leitor e seus conhecimentos em interação com o autor e o texto para a construção de sentido, vem tendo a atenção de estudiosos e sendo objeto de pesquisas e discussões sobre sua importância para o ensino da leitura. Nossa atividade de leitores ativos em interação com o autor e com o texto começa com antecipações e hipóteses elaboradas com base em nossos conhecimentos sobre: o autor do texto; o meio de veiculação do texto; o gênero textual; o titulo; e a distribuição e configuração de informações no texto. Na atividade de leitores ativos, estabelecemos relações entre nossos conhecimentos