Legalização do aborto

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O aborto tem sido discutido desde a antiguidade por envolver problemas morais, legais e religiosos. Quase todas as pessoas que se dedicam ao tema concordam que o aborto deve e precisa ser ato médico, realizado de forma competente e com amparo legal. Toda a controvérsia está restrita aos aspectos morais ou religiosos. O aborto é a intervenção médica mais praticada no mundo e proibi-lo não o evita. Essa é a realidade. Não há campanha que possa evitá-lo, mesmo nos países desenvolvidos, com mulheres bem informadas e com políticas de planejamento familiar eficientes. Quando o aborto é proibido por lei, só há uma solução: a intervenção clandestina. Resultado: alto índice de mortes. A cada 6 minutos, uma mulher morre por causa de um aborto ilegal. São cerca de 1,5 milhões de tentativas de aborto por ano no Brasil, que levam quase 300 mil mulheres aos hospitais por complicações. Quase todas pobres, que recorrem a métodos como pular de escadas ou introduzir agulhas sujas na vagina. Do ponto de vista médico, o aborto implica uma decisão muito simples: ou deixar que as mulheres morram (ou fiquem com sequelas graves) em abortos clandestinos, ou permitir que interrompam sua gravidez em segurança, atendidas por profissionais competentes.
O juramento de Hipócrates condena o aborto. Mas os estudiosos já afirmaram, diversas vezes, que o juramento foi norteado pelo princípio básico da atividade médica: não aumentar os riscos de vida do paciente. Seguindo este mesmo princípio outras cirurgias como a remoção de cálculos renais era proibida pelo juramento, mas hoje com os avanços da medicina sabemos que já não existe esta restrição. Na época de Hipócrates, a chance de uma mulher morrer realizando um aborto era maior do que o da gestação e do parto. Hoje, a situação é inversa. Há mais riscos de uma mulher morrer no parto do que abortando. Se o aborto for provocado pela técnica de vácuo-aspiração antes de 12 semanas de gestação, o risco de vida é nove vezes menor do que o enfrentado

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