Legalização do aborto Artigo de opnião
Segundo a Constituição Brasileira a prática do aborto é crime, exceto em casos de estupro ou de risco de vida para a mãe e agora em casos de anencefalia do bebê. Com a legalização dos casos de anencefalia a discussão sobre a criminalização do aborto tem ganhado destaque e conduzido à população a uma análise superficial e errônea dos possíveis benefícios sociais, econômicos e psicológicos da legalização do aborto.
Os debatedores da questão têm sido destacados como: pró-vida e pró-escolha. Segundo os “pró-escolha”, a mãe tem o direito de escolher abortar ou ter o bebê, contrariamente a esses os “pró-vida” defendem que o direito do feto à vida não deve depender da escolha da mãe. Para resolver o impasse é preciso entender que o direito de escolha de um indivíduo não deve afetar o direito à vida do outro, pois quando negamos a um o direito à vida não compreendemos que a nós esse direito não foi negado.
O aborto ilegal na atualidade, tem se dado por fatores sociais e econômicos, o que conduz muitas jovens ao aborto clandestino. Dessa forma, a população mais afetada é a população pobre, que alega não ter condições financeiras para o sustento do bebê, ou por questões sociais, alegando não ter apoio do pai do bebê e sua família. Consequentemente, a legalização do aborto afetaria a população mais pobre e atuaria como forma de seleção populacional, como ocorre nos EUA, em que 4 a cada 5 jovens que abortam legalmente são negras ou latinas.
Além de afetar majoritariamente a população pobre quanto à questão econômica, a legalização do aborto afeta psicologicamente as mães em geral. Um fator que preocupa os psicólogos quanto à legalização do aborto é a acentuação da chamada depressão pós-aborto. Esse distúrbio tem levado inúmeras jovens ao isolamento social e a frequentes casos de suicídio.
Portanto, diante das irreversíveis consequências que a legalização do aborto trará legaliza-lo é inviável.