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Estava dado o Golpe. O Brasil mergulhava na escuridão de um regime autoritário, que cercearia as liberdades civis e de manifestações de pensamentos contrários ao regime.

A repressão nos dias de chumbo foi intensa: torturas, mortes, guerrilhas, atentados, terror. Amparado no silêncio dos meios de comunicação (que, quando não eram ‘forçados’ pelos Militares, faziam a defesa do regime de bom grado).

O curisoso foi também o ‘silêncio’ da OAB, que só viria se manifestar de peito aberto, de fato, contra o regime militar, em 1977, após a posse de Raymundo Faoro (autor do clássico ‘Os Donos do Poder’), como presidente da Ordem. Alguns religiosos vinculados à Igreja se colocavam contra o regime, como alguns teólogos e padres vinculados à Teologia da Libertação.

A adesão da classe média, de setores da Igreja Católica, o silêncio da mídia (forçado ou não) e da OAB, o apoio das juntas militares norte-americanas, as ações políticas dos presidentes militares, tudo isso colaborou, à sua maneira, para o derretimento de qualquer gesto ou pensamento anti-regime-militar ou esquerdista.

Ainda no anseio de implodir o regime militar, uma série de guerrilhas (como a Guerrilha do Araguaia) eclodiu nos interiores do País, resultando em milhares de mortes obscuras. O assassinato de estudantes, tortura de jornalistas, intelectuais e artistas marcaram esse passado recente e amordaçado da história do Brasil.

Muitos dos ditos ‘bastiões’ da democracia brasileira hoje em dia, aderiram ou ficaram calados durante todo o regime. Outros se apoiaram de fato no regime para se alavancarem.

E, muita verdade ainda para vir à tona. Essa História está muito mal contada, em seus detalhes, nos ‘nomes’ de quem estava por trás das torturas e massacres, e, nós, historiadores, cientistas sociais e jornalistas esperamos ávidos pelo Saber, pelo dia em que, enfim, a abertura irrestrita dos documentos oficiais deste período se tornará um fato. Não são poucas as reivindicações pela abertura dos

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