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315 palavras 2 páginas
“Não consegui me livrar dela. Fui apresentado à rea- leza, e aos condecorados, e a damas idosas com tiaras gigantescas e narizes de papagaio. Ela falou de mim como se eu fosse seu amigo mais querido. Eu a tinha encontra- do somente uma vez, mas ela pôs na cabeça que iria me tratar como uma celebridade. Acho que um de meus qua- dros havia tido um grande sucesso na época, ao menos foi comentado nos tabloides, que representam o padrão de imortalidade do século xix. De repente me vi frente a frente com o homem cuja personalidade havia me per- turbado tão estranhamente. Estávamos bem próximos, quase nos tocávamos. Nossos olhos se encontraram de novo. Foi temerário de minha parte, mas pedi para que Lady Brandon me apresentasse a ele. Talvez não fosse muito temerário, apesar de tudo. Era simplesmente ine- vitável. Teríamos nos falado sem nenhuma apresenta- ção. Tenho certeza disso. O próprio Dorian conos conhecer.”
“E como Lady Brandon descreveria o belíssimo jovem?”, perguntou seu companheiro. “Sei que ela gosta de fazer um breve précis de todos os seus convidados. Lembro que ela me levou até um velho cavalheiro de rosto vermelho, todo coberto de comendas e laços, e, silvando em meus ou- vidos em um cochicho trágico, que deve ter sido audível para todos na sala, contou os detalhes mais espantosos. Eu simplesmente fugi. Gosto de descobrir as pessoas por conta própria. Mas Lady Brandon trata os convidados como um leiloeiro trata suas mercadorias. Ou os revela por inteiro, ou conta tudo sobre eles menos o que dese- jamos saber.”
“Pobre Lady Brandon! Você é muito duro com ela, Harry!”, disse Hallward com indiferença.
“Meu caro amigo, ela tentou fundar um salon e conse- guiu apenas abrir um restaurante. Como poderia admirá- -la? Mas, conte-me, o que ela disse sobre Dorian

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