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2451 palavras 10 páginas
Resumo: O genocídio nazista foi uma das grandes catástrofes que marcaram o século XX. Entre os grupos perseguidos e assassinados estavam os homossexuais. Após o final da guerra, devido às leis que ainda estavam em vigor contra eles, os que sobreviveram não puderam prestar seu testemunho e contar o que havia passado nesse período. Isso só foi possível décadas depois, quando tais leis deixaram de existir e os homossexuais passaram a ter mais visibilidade, sendo, assim, possível falar. Um importante testemunho desse grupo é a autobiografia de um sobrevivente francês, Moi, Pierre Seel, déporté homosexuel (“Eu, Pierre Seel, deportado homossexual”, sem tradução para o português). Em sua obra, podemos vislumbrar as principais características desse tipo de narrativa testemunhal, como, por exemplo, a questão da denúncia e da violência sofrida. No entanto, sua homossexualidade traz algumas diferenças. Uma delas é a distância temporal entre o evento e a escrita. Passados muitos anos após o fim do regime, sua narrativa não só faz uma denúncia ao sistema nazista, como também ao período pós-guerra. Em seu livro, narra a dificuldade passada pelos homossexuais ao longo dos anos e a dificuldade de reconhecimento desse grupo como vítima do regime de Hitler.
Palavras-chave: nazismo, homossexualidade, silêncio, França
O século XX foi um período marcado por grandes catástrofes e genocídios, sendo um dos mais conhecidos a morte de milhares de pessoas pelo regime nazista. Recusa-se aqui a utilizar os termos comumente usados, Holocausto e Shoah, pois eles estão diretamente ligados aos judeus2. Empregando tais palavras, ficam excluídos da memória todos os outros grupos perseguidos, entre eles os homossexuais, que estiveram por muito tempo fadados ao esquecimento. Uma das razões de tal situação é que, após o término da Segunda Guerra, muitas das narrativas testemunhais sobre o período de perseguição e extermínio nazista foram feitas prioritariamente pelos judeus, grupo que possui uma

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