Keynes não defendia estado forte

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Keynes não defendia estado forte, destaca pesquisador
Essa é a ideia apresentada pelo economista José Roberto Afonso em livro lançado neste mês. Pensamento keynesiano foi mal interpretado, diz autor
Talita Fernandes Protestos na Espanha: milhares dizem não à redução do tamanho do estado (Dominique Faget/AFP)
Para o autor de Keynes, Crise e Política Fiscal, o teórico britânico não defendia o intervencionismo estatal na economia, mas sim um papel de indutor do crescimento em momentos de crise
A crise financeira que estourou nos Estados Unidos em setembro de 2008 e as atuais turbulências por que passa a Europa – que implicaram trilhões de dólares despejados pelo poder público no salvamento de bancos, seguradoras e, no caso europeu, países – reacenderam as discussões sobre o papel do estado na economia. O debate está mais vivo que nunca. Na semana passada, milhares de pessoas foram às ruas de cidades espanholas e gregas para pedir por “mais governo”. Dizeres em cartazes e hinos cantados pela multidão criticaram cortes no orçamento e a redução de subvenções estatais. Como pano de fundo, acadêmicos e alguns líderes políticos têm feito coro à população e clamam por mais John Maynard Keynes (veja quadro com um perfil dele) na condução da economia – em referência ao brilhante pensador que um dia ousou atribuir ao estado um papel fundamental em momentos de crise. A lembrança é pertinente - mas infelizmente a maneira como Keynes é invocado distorce muitas de suas principais ideias.
Em 1936, Keynes escreveu uma de suas obras mais conhecidas, a Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Em vez de repetir o mantra de que o estado não deveria interferir na atividade em hipótese alguma, o economista britânico afirmou que naqueles momentos em que a economia está à beira de um colapso deveriam contribuir como indutores do investimento.
As Listas de VEJA: Os quatro gigantes da economia no século XX
Mais que um economista
O inglês John Maynard Keynes (1883-1946) não

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