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Precisamos falar sobre Kevin

O filme, Precisamos falar sobre Kevin, narra a história de Eva, uma mulher que passa por um relacionamento conturbado com o filho (Kevin), desde a infância até a adolescência, de uma forma fragmentada, mesclando elementos do passado e do futuro dos personagens.
Eva conhece Franklin em uma festa, aquele que mais tarde se tornaria seu marido e se apaixona, tendo momentos muito felizes. Quando Eva então engravida de seu primeiro filho, uma gravides não planejada, ela demonstra não estar nada satisfeita com a sua gestação. Sendo notável sua estranheza com o corpo de gestante e com as atividades realizadas para o auxílio do parto e os cuidados com o recém-nascido. Então nasce Kevin, que desde o primeiro momento não é rejeitado pela mãe, a qual se recusa a pegá-lo no colo após seu nascimento, tendo que assumir o pai, a tarefa. Kevin demonstra ser um bebê de temperamento agitado, pois chora bastante e não se acalma facilmente. Eva, demostra muita dificuldade em acalmá-lo e acarinhá-lo, preferindo o som de uma britadeira ao choro do filho. Nestas condições, a personagem, sendo responsável pela constituição psíquica do filho, por meio da identificação, demonstra para este que não o enxerga como algo positivo e bom, chegando a dizer que era feliz antes de seu nascimento e que depois passou a acordar desejando estar na França. Como o bebê tem sua primeira experiência de conhecimento de si pelo reflexo transmitido pelos olhos maternos, durante o estádio de espelho, Kevin introjeta uma imagem negativa de si, acreditando ser um sujeito ruim. Desta forma, em uma etapa posterior do desenvolvimento, o menino já demonstra sérios comprometimentos afetivos e de comportamento, uma vez que não interage significativamente com os pais, sendo, inclusive, cogitada a hipótese de autismo. Kevin vai se desenvolvendo e seu comportamento se torna mais hostil, passando a apresentar atitudes agressivas