Keuri Gyelli Reis Santos

2317 palavras 10 páginas
O Suicídio
O suicídio é o ato intencional de matar a si mesmo. Suas causas são as mais diversas: por transtorno mental como esquizofrenia ou depressão, situações complicadas das quais não se vê saída como dificuldades financeiras, por doenças que causam mais dor do que vontade de viver. Neste texto, serão analisados os mais diversos tipos de suicídio e suas questões morais – suicidar-se é visto geralmente como um ato ruim e logo imoral, mas será que em algumas situações sua prática não é legítima e assim moral?

Utilizando das teorias morais de Kant, Hume e utilitaristas de John Stuart Mill, pode-se concluir, como Victor Mello de Sá concluiu em “Análise da moralidade do suicídio sob o ponto de vista da ética de Hume, Kant e do utilitarismo”, que o suicídio nunca é um ato moral. Investigarei, como fez Sá, o suicídio nessas três vertentes, mas também incluo algumas percepções sobre as conclusões tomadas por ele em seu texto.

Sob a ética Kantiana, um ato só é moralmente correto se não fere nenhuma das seguintes colocações:
1) a ação deve, primeiramente, ser válida para todo e qualquer ser humano em qualquer situação;
2) a ação não deve jamais utilizar outro ser humano como meio e apenas como fim;
3) toda ação deve ser válida para qualquer ser racional, ou seja, qualquer ser humano.
Para Kant, a razão tem papel decisivo em todas as ações humanas, é por meio dela que se analisam as ações dentro das três máximas e é por meio dela que o ser tem sua liberdade de seu lado natural.
Assim, o suicídio visto pela ética Kantiana é considerado imoral. O suicídio viola a primeira e terceira leis, por não poder ser replicado para todos os seres humanos – é interessante notar que aqui cabe uma interpretação do leitor, porque esse julgamento toma como base que a extinção da espécie humana não é algo desejável.
Como notou Sá, esta análise torna-se tortuosa quando se considera a eutanásia, a morte induzida do sujeito em situação de mal físico que não tem mais

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