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3. Mecanismos de formação de Trincas Associadas à Soldagem

A formação de defeitos nos materiais soldados por fusão é uma grande preocupação quando se está projetando as partes a serem soldadas. Alguns dos defeitos mais importantes se manifestam em formas de trincas, que é um fenômeno característico que ocorre a intervalos específicos para cada tipo de liga. Quatro mecanismos de trincas serão focados neste trabalho, devido ao seu grande impacto na qualidade produtiva.
3.1 Trincas de Solidificação

Trincas de solidificação, também conhecidas como trinca a quente, aparecem comumente na região perto do fim da solidificação. Elas resultam da incapacidade do material semi-sólido de acomodar as tensões provenientes da variação de volume que a poça de fusão sofre devido à variação térmica. Trincas assim são formadas em interfaces, tais quais contornos de grão e regiões interdendríticas.

Figura 3.1: Micrografia de uma trinca formada na região intergranular

Figura 3.2: Superfície de uma trinca de solidificação. Formato dendrítico observado.

O conhecimento do mecanismo de atuação das tensões originadas através da variação de volume causada pelo resfriamento em escala micrioestrutural ainda é bastante limitado, sendo assim bastante difícil de determinar a priori a quantidade de tensão local requerida para iniciar as trincas de solidificação. Além disso, a taxa com a qual a tensão é aplicada pode influenciar a capacidade de uma liga de sobreviver ao processo de solidificação sem sofrer nenhuma trinca deste tipo. A temperaturas próximas do ponto de fusão, ligas metálicas são capazes de dissipar cargas aplicadas através do mecanismo de fluência. Em elevadas taxas de aplicação de tensão. Tanto a região fundida quanto a zona termicamente afetada tem um tempo limitado para acomodar estas tensões. Sob condições de rápida solidificação e resfriamento, a taxa de acumulação de tensões é bastante rápida, tendendo a aumentar as chances de formar trincas. Assim,

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