Karen
Fonte: Hugo Cisneiros (2004)
Quem usa Linux conhece bem o prompt de comando sh, ou variações como o bash. O que muita gente não sabe é que o sh ou o bash têm uma “poderosa” linguagem de script embutido nelas – shell script.
Diversas pessoas utilizam-se desta linguagem para facilitar a realização de inúmeras tarefas administrativas no Linux, ou até mesmo criar seus próprios programinhas. Patrick Volkerding, criador da distribuição Slackware, utiliza esta linguagem para toda a instalação e configuração de sua distribuição. Você poderá criar scripts para automatizar as tarefas diárias de um servidor, para efetuar backup automático regularmente, procurar textos, criar formatações, e muito mais.
Para você ver como esta linguagem pode ser útil, vamos ver alguns passos introdutórios sobre ela.
Interpretadores de comandos são programas feitos para intermediar o usuário e seu sistema. Através destes interpretadores, o usuário manda um comando, e o interpretador o executa no sistema. Eles são a shell do sistema Linux.
Usaremos o interpretador de comandos bash, por ser mais “extenso” que o sh, e para que haja uma melhor compreensão das informações obtidas aqui, é bom ter uma base sobre o conceito de lógica de programação.
Uma das vantagens destes shell scripts é que eles não precisam ser compilados, ou seja, basta apenas criar um arquivo texto qualquer, e inserir comandos à ele. Para dar à este arquivo a definição de shell script, teremos que incluir uma linha no começo do arquivo (#!/bin/bash) e torná-lo executável, utilizando o comando chmod.
OBS: Sugestão de editores de texto: vi, kedit ou kwrite
Vamos seguir com um pequeno exemplo de um shell script que mostre na tela:
“Nossa! Estou vivo!”:
#!/bin/bash echo 'Nossa! Estou vivo!'
A primeira linha indica que todas as outras linhas abaixo deverão ser executadas pelo bash (que se localiza em /bin/bash), e a segunda linha imprimirá na tela