kadsa

389 palavras 2 páginas
Bernardo Gui, no filme de Jean Jacques Annaud, aparece no minuto 66 de projeção, numa delegação papal de inquisidores que veem ao mosteiro para tentar desvendar o mistério das mortes, o qual Guilherme está prestes a esclarecer.

Venerável Irmão, (pergunta William a Jorge) há muitos livros que falam de comédia. Por que este lhe inspira tanto temor? Porque é de Aristóteles. (no minuto 116 de projeção, Adso, Willian e Jorge, na batalha final na biblioteca-labirinto, em busca do livro II da Poética de Aristóteles, a que trata da comédia).

Quem era ela? Quem era essa criatura que, rosa como a aurora, era fascinante como a lua, radiante como o sol, terrível como um exército pronto para lutar. (narração do velho Adso, em torno do minuto 45, relembrando quando em sua juventude, encontrou-se sexualmente na cozinha com uma jovem que também tinha prazeres com vários monges).

A denominação da obra O Nome da Rosa, é interessante, pois, a partir da epígrafe acima, de um lado, pode-se entender que a jovem da qual fala-nos Adso, é uma alegoria da Igreja medieval e conservadora, que ao mesmo tempo em que é tentadora, é bela e é fascinante e também está pronta para destruir. Por outro lado, entende-se também que, na verdade, a falta de modalização no título, possa ver apenas um jogo de linguagem, um dos labirintos poéticos que o autor oferece ao leitor-expectador. Emprega-se nele a paralipse - para que, no curso da história, o título da obra se transforme em pergunta na cabeça da plateia: quem ou que, afinal, é a rosa? É a Igreja, é o Livro II de A Poética do Aristóteles, é a mulher em si?

Creio que o que mais salta ao destaque é o contexto histórico em que a obra é desenhada e dele não pode ser dissociada ser perda de identidade relevante. O despontar do Renascimento traz o ressurgir anseios da humanidade, o resgate do Clássico, a descanonização. É uma obra de carga metafórica intensa; busca com o empirismo de Guilherme, as lições de Adso, o receio do bibliotecário, a

Relacionados