Juventude e poder público: canais de diálogo e participação.
Estamos discutindo políticas públicas e juventude. Do meu ponto de vista, estamos discutindo a dimensão pública das políticas públicas - o que se chama, geralmente, de sua dimensão de busca pela universalidade e por assegurar a garantia de direitos. É obvio que num país como o nosso, que sequer chegou a fazer a experiência de um Estado de bem estar social, isto já é bastante insuficiente. Por isso, na perspectiva de construir uma sociedade substantivamente democrática, ou radicalmente democrática, nós precisamos, necessariamente, agregar à esta dimensão pública das políticas públicas, em primeiro lugar, a dimensão da inclusão. Nós vivemos em um país profundamente desigual. Ao mesmo tempo que temos a alegria de sermos pentacampeões de futebol, temos uma tristeza muito de grande de sermos um dos campeões da desigualdade social do mundo. Então, nós não podemos perder de vista que a dimensão pública das políticas públicas tem que ter esse horizonte de inclusão. O segundo aspecto, é necessariamente a dimensão da diversidade. Ou seja: a universalidade (acesso a todos), precisa incluir, para dar conta desta dimensão efetivamente democrática. Dar conta que as políticas públicas cheguem, estejam sintonizadas com a realidade, com a dimensão da diversidade de gênero, etária, racial, em relação à capacidade e a tudo aquilo que constituem estas questões da diferença e da diversidade.
O terceiro elemento necessário dessa dimensão pública é o da participação. Nós não podemos mais imaginar correntes hegemônicas