Justiça

1737 palavras 7 páginas
Filósofo Michael Sandel discute limites morais do mercado financeiro

Morto há pouco mais de uma década, o americano John Rawls, autor de “Uma teoria da justiça” (1971), continua a ser uma força influente na filosofia moral contemporânea. Em livros que chegam agora ao Brasil, dois de seus ex-colegas na Universidade de Harvard, o filósofo americano Michael Sandel e o economista indiano Amartya Sen, lidam de formas distintas com o legado de Rawls, como sua abordagem do problema da justiça distributiva (a alocação justa de bens dentro de uma sociedade) e sua concepção idealista das instituições sociais.

Professor de um dos cursos mais populares de Harvard, que há 15 anos lota um anfiteatro com capacidade para mil pessoas, Michael Sandel reuniu alguns dos debates que realiza em aula no livro “Justiça: o que é fazer a coisa certa” (Civilização Brasileira, tradução de Heloísa Matias e Maria Alice Máximo). Com uma abordagem acessível, organizada em torno de anedotas e polêmicas recentes (como os debates sobre o uso de tortura pelas forças americanas e a legalização do aborto), Sandel argumenta que a filosofia moral pode ser aplicada a todas as esferas da vida pública.

Em entrevista ao GLOBO por email, Sandel fala sobre um de seus principais interesses, a relação entre os mercados e a moralidade, tema de seu próximo livro. Para ele, essa relação está no cerne do “sentimento de injustiça” que alimenta os protestos atuais contra a crise econômica nos Estados Unidos:

— Precisamos de um debate público sobre onde as relações de mercado são apropriadas, e onde elas ameaçam quebrar ou confundir nossas importantes normas não mercadológicas — diz Sandel, que analisa na entrevista a influência de Rawls em seu trabalho.

Vencedor do Nobel de Economia de 1998, Amartya Sen é conhecido por suas pesquisas sobre pobreza e desenvolvimento econômico. No livro “A ideia de justiça” (Companhia das Letras, tradução de Denise Bottmann e Ricardo Doninelli Mendes), resenhado

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