Justi A Plat O2

2927 palavras 12 páginas
Trasímaco e a Justiça utilitária como afirmação do direito positivo

Ana Carolina Oliveira Marinho
Êmili Cavalcante de Alencar

Esperamos mostrar como o sentido utilitário de justiça apresentado por Trasímaco, no livro I, da A República, de Platão, nos oferece a possibilidade de pensar o direito positivo como superação da ideia do direito natural.

RESUMO

O presente trabalho propõe uma leitura sobre o problema da justiça, presente no livro I, da A República, de Platão. Nosso objeto de estudo vem a definição de justiça apresentada por Trasímaco, a saber, “justiça não é outra coisa, e em toda parte, senão a conveniência do mais forte” (338c). No decorrer da pesquisa também serão abordadas as refutações de Sócrates às teses de Céfalo e Polemarco, a partir das quais buscaremos evidenciar o sentido de justiça buscado por Platão. O objetivo desse estudo é avaliar a importância do sentido de justiça apresentado pelo Sofista para pensar a noção contemporânea de direito positivo. Como procedimento metodológico, este trabalho propõe uma leitura do texto de Platão à luz de alguns de seus comentadores. Como resultado, esperamos mostrar como o sentido utilitário de justiça apresentado por Trasímaco nos oferece a possibilidade de pensar o direito positivo como superação da ideia direito natural.

Palavras-chave: Platão.Sócrates. Justiça.Teoria das ideias. Utilitarismo. Direito Positivo

Introdução

A República é um diálogo socrático de extensão considerável e pode ser relacionado ao período de maturidade de Platão. São tópicos significativos da obra, especificadamente no Livro I: a construção da teoria das ideias e o conceito acerca da justiça ideal. Este último constitui o objeto de nossa investigação.O diálogo do Livro I procura compreender e refletir a definição de justiça a partir da relação entre justiça e virtude, constituição de ordem, os conflitos nas diversas noções de justiça e suas aplicações na arte de governar.

Na busca pela definição de justiça, o que está em

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