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Análise das implicações do uso dos novos aços de alta resistência mecânica na indústria automobilística
Adilson Tenório da Silva
General Motors do Brasil Ltda
Copyright © 2004 Society of Automotive Engineers
RESUMO
Nos últimos anos as usinas siderúrgicas brasileiras têm mostrado a evolução na fabricação e disponibilidade de novos aços de alta resistência mecânica visando sua aplicação na indústria automobilística, com o objetivo de redução de peso dos automóveis, tomando como exemplo o que vem ocorrendo na Europa, Estados Unidos e Japão. Divulga-se, no meio técnico, que as usinas estão praticamente aptas a produzir os aços das famílias Dual Phase, TRIP, Martensitic, Complex Phase etc, e que cabe agora às montadoras a tarefa de utilizá-los. Isto não é tão simples como se apresenta à primeira vista. Muita coisa precisa ser alterada nas montadoras para poder trabalhar com esses novos aços, partindo da reformulação da geometria das peças, mudanças nos conceitos de fabricação das ferramentas de corte e de repuxo, novas definições de prensas, entre outros fatores.
Neste trabalho, procurou-se analisar as implicações que a utilização desses novos aços acarreta no sistema produtivo, mostrando que algumas barreiras precisam ser superadas para atingir um nível de utilização desses aços, no Brasil, semelhantes aos das regiões mais avançados do mundo.
INTRODUÇÃO
Há vários anos as usinas siderúrgicas vêm trabalhando no desenvolvimento de aços de mais alta resistência mecânica e com conformabilidade melhorada, visando atender os avanços tecnológicos da indústria automobilística nas questões de redução de peso da carroceria e atingimento dos requisitos de segurança. Neste contexto, como consequência das conclusões geradas pelo projeto ULSAB, foram desenvolvidas novas aplicações para as famílias de aços Dual Phase, TRIP, Matensitic, Complex Phase. Essas aplicações não constituem exatamente uma novidade, mas uma nova abordagem na forma de utilizar o produto.