Jk à jq: as lembranças de edvandro silveira bueno

2208 palavras 9 páginas
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

JK à JQ: AS LEMBRANÇAS DE EDVANDRO SILVEIRA BUENO
Por Anna Carolina Jesuatto e Marina Frascareli

“A narração da própria vida é o testemunho mais eloquente dos modos que a pessoa tende lembrar. É a sua memória.” (BOSI, Ecléa)

São Paulo
JK à JQ: AS LEMBRANÇAS DE EDVANDRO SILVEIRA BUENO

“Me chamo Edvandro Silveira Bueno, nasci no município de Joanópolis, no dia 17 de janeiro de 1927. Meus pais foram Ordália Cardoso da Silveira e Demérito Silveira Bueno. Me casei aos 26 anos com Maria Ferreira Bueno e tivemos sete filhos. Quando jovem fui para São Paulo trabalhar numa firma, eu morava na rua Barão do Paranapiacaba em frente ao antigo palácio do governo. Saia às seis horas da manha ali no centro de São Paulo e eu me lembro que o governador da época era Adhemar de Barros. Eu nunca fui muito de política mas quando mais velho fui para Toledo e comecei a me interessar mais pela política mineira. Foi a época que o Juscelino foi governador do estado de Minas Gerais, eu gostava muito dele e depois ele foi um dos maiores presidentes que até hoje o Brasil já teve. Eu me lembro da fase boa e ruim do governo JK, eu acho que quando Brasília foi construída ficou uma sensação de que foi o primeiro presidente a realizar uma coisa que prometia, mas também teve o lado ruim, a dívida externa aumentou. Também me lembro que nessa época não faltava emprego no país. Depois disso fui para Bragança Paulista, porque tinha recebido um fundo comercial para abrir uma loja. Acho que foi em 1974, engraçado, não me lembro muito bem. Mas eu acho que foi com a presidência de Juscelino Kubitschek que ficou mais fácil começar a loja. Confesso que sempre gostei de JK, por ele ser mineiro, mas nunca vi em nenhum outro político uma visão tão grande de futuro como a dele. Acho que ele era muito trabalhador, empreendedor. Foi ele quem trouxe as fábricas de automóveis pra cá e

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