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Algumas interpretações na arqueologia

Bruce G. Trigger escreveu uma das melhores obras sobre a história da arqueologia até os nossos dias, mostrando como foram ocorrendo às mudanças metodológicas na interpretação arqueológica, usando para tanto, exemplos e nomes dos principais pesquisadores seguidores das várias correntes teóricas utilizadas pela arqueologia [4].

A literatura arqueológica, segundo Colin Renfrew e Paul Bahn, é composta por diversas discussões entre os seguidores da linha positivista, marxista, estruturalista e outras [5].

No início do século XX, os arqueólogos usavam uma linha teórica positivista tradicional, que prevaleceu por muitas décadas. A preocupação da época era mostrar pontos de origem por um processo de "difusão cultural", assim como ter um "horizonte cronológico" e uma série de definições de estilos de cerâmica no espaço e tempo [6].

Por volta da década de 30, Gordon Childe iniciou a crítica a essa arqueologia tradicional, usando para isso, uma análise marxista, que só passou a ser examinada por volta de 1960 e 1970. Para ele, a arqueologia trata-se de uma forma de história e não uma simples disciplina auxiliar. Os dados arqueológicos são documentos históricos por direito próprio e não meras abonações de textos escritos e são constituídos por todas as alterações no mundo material resultantes da ação humana, ou melhor, são os restos materiais da conduta humana. O seu conjunto constitui os chamados testemunhos arqueológicos. Estes apresentam particularidades e limitações cujas consequências se revelam no contraste bem visível entre a história arqueológica e a outra forma usual de história, baseada em documentos escritos [7].

Na década de 50, aparecem as grandes descobertas e as cidades perdidas e os arqueólogos tinham que ser mais aventureiros, do que bons acadêmicos. Mas, é também nesse período que surge a escavação estratigráfica, que implica que os estratos do sítio sejam retirados, segundo sua colocação e configuração

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