jacobinos
Após ficar órfão, foi com seus cinco irmãos para Fortaleza, onde teve seus primeiros estudos, e seis anos depois, em 1883, foi para o Rio, onde estudou na Escola Naval. Devido à instituição ser conservadora e monarquista, lá revelou seus primeiros sentimentos republicanos e abolicionistas, chegando ao extremo de, com apenas 17 anos, fazer um discurso na presença de D. Pedro II, declarando-se contra a escravidão e o império. Mesmo assim formou-se na Escola Naval no ano de 1885, como guarda-marinha.
Por volta de 1886 demonstra sua vocação de escritor através da publicação dos poemas “Vôos Incertos”. Em 16 de Dezembro de 1887 foi promovido a 2º tenente, mesmo ano em que publicou seu primeiro livro de contos. No ano seguinte pede transferência para Fortaleza, provavelmente não por acaso, pois sabia que o Ceará já havia libertado os escravos, realidade que agradava aos seus ideais. Vem a se demitir do seu cargo na marinha no ano de 1890.
Em 1891 funda, em Fortaleza, a revista Moderna, e colabora para o Jornal do Norte. Em 1892, funda a "Padaria Espiritual", um movimento literário-político que acreditava na educação do povo para mudar o país, e publicava o jornal, "O Pão".
No ano seguinte lança o romance “A Normalista”, de cunho naturalista, criticando a vida urbana em Fortaleza, capital cearence. Colabora também na imprensa carionca, na Gazeta de Notícias e no Jornal do Comércio.
Adolfo Caminha foi um dos principais representantes do naturalismo no Brasil, e sua obra se caracterizava por ser densa e trágica, naturalmente não foi muito bem aceita na época.
Em 1897, com apenas 30 anos, atormentado pelas dificuldades econômicas e debilitado pela tuberculose, o escritor vem a falecer. Deixa inacabados os romances: Ângelo e O