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SISTEMA GASTROINTESTINAL

CAPÍTULO 3

NUTRIÇÃO PARENTERAL

A desnutrição, como já exposto nos capítulos anteriores, é extremamente comum em pacientes admitidos nas unidades de terapia intensiva, e só tende a piorar quanto maior o tempo de hospitalização. O impacto da desnutrição na morbi-mortalidade destes pacientes é evidente, e a possibilidade de nutrir adequadamente um indivíduo, mesmo com o trato digestivo absolutamente inutilizável, representa, sem dúvida, o grande avanço da ciência e da tecnologia no campo do suporte nutricional; o que faz com que a nutrição parenteral possa ser comparada a outras terapias de suporte de vida, tal qual a ventilação mecânica invasiva e as terapias de substituição renal.
A maioria dos pacientes graves (85 a 90%) pode ser transitoriamente alimentada pela via enteral, através de acessos enterais, até que a alimentação pela via oral seja restabelecida . No entanto, em 10 a 15% destes pacientes a nutrição enteral é contra-indicada e faz-se necessário o uso da nutrição parenteral. Uma nutrição endovenosa completa pode fornecer água, glicose, aminoácidos, lípides, eletrólitos, vitaminas, minerais, necessários para a vitalidade celular, funções orgânicas, imunidade, reparação de tecidos, síntese protéica e manutenção do trofismo muscular. Ainda, através da Nutrição Parenteral(NP) podemos influir na imunidade do paciente, oferecendo imunonutrientes em doses farmacológicas. Apesar de ser uma medida imperativa e salvadora em determinadas situações, o uso da nutrição parenteral exclusiva tem sido associada a um maior número de complicações infecciosas, principalmente por se tratar de um método pouco fisiológico e indutor de alterações tróficas e imunológicas, prejudiciais ao trato gastrintestinal(TGI). A inexistência de nutrientes na luz do tubo digestivo acarreta a ausência de estímulos hormonais e de liberação de fatores tróficos intestinais assim como de mediadores tróficos do sistema nervoso periférico intestinal. Dentre

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