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A povoação de Atalaia foi tomada aos Mouros por D. Afonso Henriques em 1147. Foi povoada por ordem de D. Dinis em 1315. Teve três forais: de D. Afonso II em 1212, de D. Dinis em 1315 e de D. Manuel em 1514.
A sua Igreja Matriz é uma elegante construção renascença que revela na sua fachada, de torre central sobre o pórtico e corpos laterais, certo eruditismo arquitectónico. O portal é lavrado com esmero, ao gosto da época, ostentando medalhões nos vãos.
Trata-se de um edifício quinhentista, joanino, com frontaria de cinco corpos distintos, sendo os dos extremos rompidos por arcos de passagem, de empenas descaídas a partir dos pilares dos cunhais e um conjunto interno a que dão realce azulejos do princípio do séc. XVII.

Mandada edificar cerca de 1528 por D. Pedro de Meneses, conde de Cantanhede, a igreja matriz da Atalaia, dedicada a Nossa Senhora da Assunção, é possivelmente o primeiro templo português a empregar uma "nova imagem espacial", desenvolvida depois das experiências com as tipologias intermédias entre o gótico mendicante e o classicismo - como os casos das matrizes de Caminha e de Vila do Conde. A sua traça foi elaborada por João de Castilho, sendo os programas decorativos do portal principal e do arco cruzeiro da autoria de João de Ruão, naquela que é uma das primeiras obras feitas pelo mestre normando em Portugal.
O templo da Atalaia possui planta longitudinal, com uma curiosa fachada dividida em 5 panos, uma vez que os panos laterais possuem empenas curvas com arcos de passagem de volta perfeita. Os cunhais do templo são rematados por contrafortes coroados por pináculos. O corpo central da fachada é destacado, possuindo quatro registos; no primeiro foi aberto o portal principal, o segundo possui uma janela perspectivada, e os dois últimos são constituídos pela torre sineira. Esta fachada que actualmente conhecemos na matriz da Atalaia não corresponde à edificação original, uma vez que foi muito alterada pelo restauro efectuado nos anos 30 do

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