Isso e que e parceria

Isso é que é parceria
Como grandes empresas podem ajudar seus pequenos fornecedores a aumentar as vendas, a melhorar a produtividade e a crescer a base de clientes para que eles tenham uma expansão sustentada

Roberto Setton

Freitas, da Portofino: “Numa loja do Pão de Açúcar, disputamos espaço de igual para igual com as grandes marcas”

Por Amauri Segalla | 20.04.2006

Revista EXAME Ser fornecedor ou cliente de um grande grupo empresarial costuma ser o objetivo de toda empresa com ambição de crescer. Mas, quando surge a chance de um relacionamento assim se materializar, é comum virem à tona os receios naturais de quem se senta do lado mais fraco da mesa. "Será que, ao fornecer para aquela empresa grande, não ficarei muito dependente dela?" "Será que a minha rentabilidade não será engolida?" "Será que serei capaz de corresponder às exigências e responsabilidades impostas por um mercado mais competitivo?" As histórias contadas nesta reportagem são uma demonstração de que a criação de vínculos entre pequenas e grandes empresas não precisa ser necessariamente uma queda-de-braço entre desiguais. Pode ser justamente o contrário -- são muitos os casos de empreendedores que saem fortalecidos ao estabelecer relações de parceria com grandes empresas, como a rede de supermercados Pão de Açúcar, a companhia de energia CPFL, a empresa de logística FedEx e o banco Real, entre outras. Muitos se tornam mais eficientes, aumentam suas margens de lucro e ganham novos mercados. Uma das vantagens mais imediatas em fornecer a uma grande rede talvez seja o acesso ao mesmo canal de distribuição de marcas já consagradas. Criada em 1996 para atender à rede paulista de esfihas Habib's, a sorveteria Portofino só conseguiu tornar sua marca conhecida depois que passou a fornecer ao Pão de Açúcar e às outras redes do grupo. "No Pão de Açúcar, nossos sorvetes ficam ao lado de marcas famosas, como Nestlé e Kibon", diz Marcos de Freitas, de 38 anos, diretor-geral da Portofino. "Disputamos