Isainhazinha

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O Principado é a fase convencionada pelos historiadores para designar o Império Romano desde 27 a.C., quando o senado investiu Otaviano — o futuro Augusto— no poder supremo com a denominação de príncipe (princeps) (primeiro em latim), até 285 d.C., quando iniciou-se o dominato por Diocleciano. Durante esse período, a verdadeira natureza do regime era escondida atrás de conceitos republicanos e os imperadores eram muitas vezes relutantes por falsa modéstia em se assumir como tal.
Caracterização dessa forma de governo
O principado apresentava dupla faceta em Roma e nas províncias. Em Roma, era monarquia mitigada, pois o príncipe era apenas o primeiro cidadão, que respeita as instituições políticas da república. Nas províncias imperiais, era verdadeira monarquia absoluta, porque o príncipe tinha, lá, poderes discricionários.
Mas o principado, como regime de transição da república à monarquia absoluta, encaminhou-se, paulatinamente, para o absolutismo.
Em face das peculiaridades que apresenta o principado, há controvérsia entre os autores modernos sobre a natureza desse regime. Mommsen pretende que ele seja uma diarquia: de um lado o príncipe, e, do outro, o senado. Para Arangio-Ruiz e outros, como Lauria, é o principado um protetorado, em que o príncipe é o protetor e o Estado Romano o protegido. Já De Francisci vê nele a superposição de um novo órgão (o príncipe) às instituições republicanas.
O título, por extenso, "príncipe do senado/príncipe dos cidadãos (princeps senatus /princeps civitaris), foi primeiramente adotado por Otaviano (27 a.C. - 14 d.C., o primeiro imperador romano, que decidiu — assim como o ditador assassinado Júlio César — não introduzir uma monarquia legal. O objetivo era estabelecer a estabilidade política, desesperadamente necessária depois de exaustivas guerras civis, por meio de um regime ditatorial de facto dentro da estrutura constitucional da República Romana, como uma alternativa ao odiado predecessor Reino de Roma.
O título

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