IRACEMA
O livro conta a triste história de amor vivida por Martim, um português, e Iracema uma índia tabajara. Martim sai à caça com seu amigo Poti, guerreiro Pitiguara, e perde-se do companheiro. De tanto caminhar, Martim acaba se encontrando nos campos dos inimigos tabajaras. O guerreiro encontra-se com Iracema que, amedrontada, rapidamente o fere com uma flechada. Arrependida de ter machucado o guerreiro branco, ela o acolhe na cabana de Araquém, chefe da Tribo Tabajara. Iracema pede ao guerreiro que esperasse a volta de Caubi, seu irmão, para que possa chegar são e salvo às terras Pitiguaras. Porém, Iracema apaixona-se por Martim e acaba traindo o segredo de jurema, que guardava como virgem de Tupã. Por causa de sua traição, Iracema acompanha Martim, deixando na sua tribo um ambiente de revolta, acirrado pelos ciúmes de Irapuã, chefe dos guerreiros Tabajaras e inimigos dos Pitiguaras.
A fuga faz com que Iracema sofra, mas seu amor por Martim é tão mais forte, que logo ela se acostuma. A fuga de Iracema faz com que uma nova batalha seja travada entre os tabajaras e os potiguaras. Pois Arapuã quer se vingar de Martin, que roubou Iracema, mas Merim (índio) é amigo de Poti, que irá protegê-lo. A tribo tabajara se junta com os franceses que lutam contra os portugueses. Mas, depois de algum tempo, Martim resolve ir guerrear junto com os Pitiguaras e com seu amigo Poti, deixando Iracema grávida na cabana. Antes de Martim voltar para a tribo, Iracema dar à luz a um menino.
Martim retornou para sua terra, Portugal, levando o filho. Não consegue permanecer lá. Quatro anos depois, eles voltaram para o Ceará, onde Martim implantou a fé cristã. Poti se tornou cristão e continuou fiel amigo de Martim. Os dois ajudaram o comandante Jerônimo de Albuquerque a vencer os tupinambás e a expulsar o branco tapuia. De vez em quando, Martim revia o local onde fora tão feliz e se doía de saudade. A jandaia permanecia cantando no coqueiro, ao pé do qual Iracema fora enterrada.