iPod É Para Os Fracos: os players portáteis que separam os homens dos meninos
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O apetrecho custava US$200 na época, e comportava por volta de 30 minutos de música em MP3 a um bitrato de 128 kbps [longe do minimamente aceitável hoje em dia]; uma versão com o dobro da capacidade de memória – 64 MB – fora comercializada a US$250 pela fabricante Diamond Multimedia.
No fim do século passado, já prevendo o impacto que os players de arquivos digitais – especialmente os portáteis – teriam, a Recording Industry Association of America acionou a Diamond sob a alegação que o Rio violava a legislação estadunidense que regulamenta as diretrizes de execução e gravação domésticas de material fonográfico e videográfico. A Suprema Corte dos EUA julgou a acusação improcedente.
A mesma Diamond também fundou o primeiro portal na internet para download pago de faixas individuais de artistas de grandes gravadoras, o RioPort. Tanto o RioPort como a fabricação do player foram descontinuados.
A extinção do Rio foi acelerada em 2001, quando a APPLE anunciou a chegada do iPod, uma linha de players portáteis de vários tamanhos, capacidades e designs que viria a tornar-se uma praga mundial e era um óbvio upgrade em relação ao Rio em design, versatilidade, distribuição e abrangência. Produto bastante banal no primeiro mundo – em especial nos EUA – o iPod adquire contornos bastante diferentes no Brasil, onde, devido às absurdas e ridículas taxas aduaneiras do país, é reverenciado como um símbolo de certo status e estilo de vida, e tido como uma