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4176 palavras 17 páginas
Colonização e neocolonização da gestão de recursos humanos no Brasil (1950-2010)

RESUMO
A GRH desenvolveu-se no Brasil a partir de um movimento de colonização oriundo do estrangeiro. Esse movimento incluiu a introdução do management, ou managerialism, como ideologia e como conjunto de práticas administrativas, assim como sua renovação, em um movimento neocolonizador.

COLONIZAÇÃO DA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
O período que se seguiu ao fim da Segunda Guerra Mundial foi marcado por forte desenvolvimento econômico em todo o mundo. O início da década de 1960 foi marcado por uma forte turbulência política interna, a qual culminou com um golpe militar, em 1964. O modelo de desenvolvimento adotado foi baseado em uma tríade, formada por grandes empresas públicas, grandes empresas multinacionais e grandes empresas privadas nacionais, que operavam em um mercado protegido e controlado pelo Estado. De 1950 a 1980, o Brasil atingiu altas taxas de crescimento do Produto Interno Bruto.
Mudanças na Gestão dos Recursos Humanos
O período de 1950 a 1980 foi marcado por importantes mudanças na GRH. Dois agentes tiveram um papel relevante nessas mudanças: as empresas multinacionais e as escolas de administração. As empresas multinacionais foram as principais responsáveis pela introdução, no Brasil, de princípios de divisão do trabalho, de valores relacionados à meritocracia e de práticas de GRH, tais como recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento. Empresas norteamericanas e europeias, como a General Motors, a Ford e a Volkswagen, tiveram papel de destaque nesse processo (WOOD JR, 2004).
As escolas de administração também tiveram um papel relevante na disseminação de modelos e práticas de GRH. O primeiro curso totalmente focado em negócios e gestão foi criado em 1954, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo, com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP). Um grupo formado por professores da Michigan State University participou da

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