Introdução e conclusão, monografia vila economizadora
A presente monografia refere-se a uma pesquisa de campo, desenvolvida para a disciplina Laboratório de Arquitetura e Urbanismo, cujo objetivo é discutir e analisar as vilas operárias, mais especificamente a Vila Economizadora, suas potencialidades e limites, a fim de propor uma futura intervenção.
As origens do processo de industrialização remontam à segunda metade do século XVlll na Inglaterra, onde surgiu uma série de transformações de ordem econômica, política, social e técnica, chamada Revolução Industrial.
Foi por volta de 1890 que São Paulo despertou para sua vocação de grande centro industrial. O início do processo de industrialização deve-se ao café e aos investimentos em infraestrutura gerados pela procura do mercado externo pelo produto. A industrialização começou de forma simples, com a fabricação de produtos de baixo valor e pouco elaborados, usando matérias-primas nacionais, como o próprio café, o algodão, o couro e o açúcar. Foi no início do século XX que Francisco Matarazzo, um dos grandes industriais paulistas, começou a construir seu império. Apenas 9 anos após chegar ao Brasil vendendo banha importada, o italiano da Calábria construiu um moinho para produzir farinha de trigo, fundamental na preparação dos principais pratos da sua terra natal.
Os imigrantes foram os precursores no processo de industrialização em São Paulo, em parte porque, em 1920, compunham quase dois terços da população paulista (de quase 600 mil pessoas).
As primeiras áreas industriais surgiram nos bairros do Belenzinho, Santa Efigênia, Brás, Mooca, Sé e Consolação. O Bom Retiro, na mesma região, tornou-se o refúgio dos operários. Ali foi gerada, em 1917, a primeira grande greve do país.
As vilas operárias estão intrinsecamente ligadas a essa fase do desenvolvimento paulista, pois o país iniciava sua industrialização, que ainda não contava com centros urbanos devidamente aparelhados para receber a mão de obra operária. Um dos principais fatores dessa