introdução aos simbolos
Os seres da criação são a manifestação simbólica de uma energia invisível que eles mesmos contêm em seu interior. Se observamos o mundo que nos rodeia, veremos que a criação inteira constitui um código simbólico e harmônico, e que todas suas partes, em estreita relação entre si, nos mostram uma realidade oculta e misteriosa, à qual unicamente podemos chegar se ultrapassamos a aparência formal e penetramos em seu profundo conteúdo. Tanto o céu com seus movimentos estelares e planetários, como a terra, suas estações, elementos e reinos, e os variados seres que a habitam, falam ao homem em uma linguagem mágica e universal que a humanidade sempre conheceu. Através da contemplação dos símbolos da natureza podemos conhecer a realidade sensível e é por meio deles que o ser humano chega a conhecer a si mesmo, em sua interioridade, pois estes símbolos têm a virtude de poder conduzir o homem à região do sobrenatural e supra-humano. Se diz que "o homem é o que conhece", e que todo o conhecimento chega a ele através de símbolos. As variadas formas dos minerais, as plantas e os animais; as cores, tamanhos, sabores e sons das coisas, assim como o clima e as marés, obedecem a leis naturais. E se são simbólicas todas as manifestações da natureza, e sendo a partir delas próprias que o homem estruturou sua existência, também o são todas suas criações culturais e todos os meios através dos quais nós, os humanos, nos comunicamos. As letras e as palavras são símbolos de idéias arquetípicas que nelas estão contidas; também o são os números, que manifestam admiravelmente a harmonia e a hierarquia do universo em todos seus níveis; a história, que de forma precisa repete as leis cíclicas da natureza; a arte, em todas as suas formas, que é sempre expressão simbólica de idéias sutis inspiradas pelas musas ao artista. A agricultura, o comércio, a construção de cidades, templos, habitações, carros e naves; a guerra, signo