Introdução ao pensamento filosófico

Segundo a história, foi Pitágoras quem primeiro usou a palavra filosofia. De acordo com a etimologia, o termo Filosofia significa Philo + Sophia = Amigo da
Sabedoria. Pitágoras foi chamado de sábio (sophos), mas preferiu ser chamado de amigo do saber (philosophos), pois dizia que a sabedoria pertencia aos deuses. Segundo
Pitágoras, envolvidos nos Jogos Olímpicos havia comerciantes, que se aproveitavam dos Jogos para ganhar dinheiro; havia competidores, que disputavam entre si quem eram os melhores; e havia avaliadores, que se preocupavam em analisar tudo o que se passava no de correr dos Jogos. Nesse exemplo, os avaliadores correspondem aos filósofos. A ação, ou a atitude filosófica, não é pautada no lucro financeiro ou na competição entre pessoas para mostrar aos outros quem é o melhor. A atitude filosófica é, na verdade, uma atitude desinteressada em relação a lucros ou vantagens individuais.
O objetivo daquele que se propõe a filosofar é tão somente analisar racionalmente a realidade, tentando compreender tudo que se passa à sua volta. Esse é um dos motivos pelos quais os Sofistas foram tão severamente criticados durante o período clássico da
Filosofia. Seu interesse não era o compromisso com a verdade, mas simplesmente
“vender” sabedoria e engodar-se na porfia.
Para o filósofo, o interesse principal é questionar a realidade e se ater à verdade, pois entende que esta não é propriedade individual, mas algo que deve ser compartilhado e ensinado. A prática filosófica está pautada na reflexão a respeito da realidade. Não à toa o símbolo mais conhecido da Filosofia ser a coruja, que do alto de árvores ou do alto de edifícios, com seus grandes olhos, observa tudo o que se passa. O papel da Filosofia, pode-se dizer, é investigar as causas, buscar os fundamentos, sair da superfície e ir em direção à profundidade. É procurar ter uma visão do todo e não se contentar apenas com partes da realidade que se nos apresenta. Mostra-se, assim, o que
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