Introduc O Lobolo

Introducão
No âmbito da Unidade Curricular de Antropologia Cultural e Social foi proposto pelo docente a realização de um trabalho referente a um dos conteúdos programáticos da disciplina deste modo decidiu-se abordar o tema referente ao Lobolo.

Em Moçambique, o lobolo constitui uma prática importante na sociedade urbana. Isso deve-se ao facto de o lobolo permitir estabelecer uma comunicação entre os vivos e os seus antepassados e a criação ou o restabelecimento da harmonia social. Ele inscreve o indivíduo numa rede de relações de parentesco e de aliança tanto com os vivos como com os mortos. O lobolo faz parte da identidade individual e colectiva, ligando seres humanos e mortos numa rede de interpretações do mundo e num conjunto de tradições em contínuo processo de transformação. Porquê um estudo do lobolo no contexto urbano contemporâneo?

Justificativa

Em Moçambique, a prática do lobolo estava geralmente relacionada com a população camponesa rural e analfabeta e era comummente apresentada como uma transacção monetária entre as parentelas envolvidas — «a venda da mulher».

Objectivo
Com a realização deste trabalho pretende-mos mostrar como as percepções e representações sociais atribuídos ao lobolo entre as famílias envolvidas podem perpetuar a sua prática. Esperamos trazer um retrato exaustivo das percepções e representações sociais do lobolo que poderão servir como uma reflexão alternativa conducente ao melhor conhecimento sobre a actual prática do lobolo em Moçambique, particularmente em Maputo.

Desenvolvimento
Segundo autores como Junod (1996) e Fernando (1996) a prática do lobolo remota dos tempos antes do colonialismo chegar em África. De forma particular, o estudo feito por Bagnol(2008) indica que em Moçambique a prática do lobolo estava geralmente relacionada com a população camponesa rural e analfabeta e era comummente apresentada como transacção monetária entre as parentelas envolvidas, o que se considerava como “venda da mulher”.