Intixicação por curare

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Intoxicação por Curare

Curare é um termo genérico usado para descrever vários venenos utilizados nas pontas das flechas dos índios da América do Sul. Vem da palavra urari, que significa veneno. É conhecido também com os nomes de curari, ourari, woorari, worali.
Seus principais representantes são plantas dos gêneros Strychnos toxifera e Chondrodendron tomentosum. Vários alcaloides encontrados no curare, tais como a curarina, a tubocurarina e a protocurarina, fazem dele um veneno muito forte.

Strychnos toxifera, planta de onde se extrai o curare.
Ilustração do livro Plantas Medicinais de Köhler, de 1887.

Chondrodendron tomentosum

Pesquisadores como Von Humboldt (1805), Claude Bernard (1850), West (1932), King (1935), contribuíram para o conhecimento e aplicação científica do curare, pois o mistério do de como era preparado o curare apenas os curandeiros e feiticeiros das tribos conheciam. O Curare é uma mistura de várias espécies de plantas que ocorrem na Amazônia. Estas plantas são fervidas, todas juntas, durante três dias, resultando num xarope ou numa massa. São usados cerca de 40 tipos de curare na Amazônia e há a necessidade, às vezes, da substituição de algumas das plantas, pois nem todas crescem no mesmo local.

Alexander Von Humboldt foi o primeiro Europeu a testemunhar e descrever como os ingredientes eram preparados. Mas o curare começaria a ser utilizado como um anestésico apenas em 1942, poucos anos depois que seu ingrediente ativo, o d-tubocurarine, foi isolado.

Mecanismo de Ação
O curare é um Bloqueador neuromuscular não despolarizante (BNND). É um antagonista competitivo que se liga ao receptor nicotínico da Ach na placa terminal e, desse modo, bloqueiam competitivamente a ligação da Ach, impedindo a abertura dos canais de sódio (ionotrópico).
A caça com curare
Os índios que vivem às margens dos rios Amazonas e Orinoco utilizam o curare para envenenar as pontas das flechas para caçar animais selvagens. O curare

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