Intelectuais políticos: a duplicidade noagir dos letrados na república velha.

1652 palavras 7 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – CCHL
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA – DGH
PROFESSOR: DENILSON BOTELHO
DISCIPLINA: BRASIL REPÚBLICA

MICELI, Sergio. Poder, Sexo e Letras na República Velha. São Paulo: Editora Perspectiva, 1977.
Intelectuais Políticos: A duplicidade no agir dos letrados na República Velha. Por Aurora Santos* A presente obra visa tratar sobre a produção intelectual brasileira no período da República Velha e suas principais relações com o poder. Partindo da análise de biografias e memórias, Miceli objetiva demonstrar que ao contrário do que afirma o discurso historiográfico tradicional, o período da República Velha não fora um período de estagnação, e sim de grande desenvolvimento, pois proporcionou condições favoráveis ao campo intelectual e demais repercussões na sociedade da época. Analisando assim uma categoria de intelectuais composta por, Humberto Campos, Manoel Bandeira, Lima Barreto, Hermes Fontes entre outros, que apesar de suas trajetórias sociais conseguiram se tornar atuantes neste período. A partir das biografias dos intelectuais é possível notar que a maioria desses tinha um certo envolvimento com o campo do poder, e que por motivos como morte do pai, falência econômica da família, entre outros se aproximara da carreira intelectual. Notamos ainda que muitos destes se distanciavam do ideal normatizador de trabalho masculino, pois por estes motivos acabavam fazendo o “trabalho da mãe” ou qualquer outro que o afastasse da sua área de produção comum. Humberto Campos, órfão de pai é um dos exemplos desse distanciamento de produção.

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*Graduanda de Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal do

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