inovação
Outubro de 2010, vol. 02, no. 10
ISSN 1984-6193 www.ingepro.com.br equipe@ingepro.com.br
A importância da gestão do capital social para o desenvolvimento da capacidade de inovar em empresas brasileiras
Ingrid Paola Stoeckicht
Carlos Alberto Pereira Soares
Resumo: Nas últimas duas décadas, verificou-se uma tendência mundial de empresas reconhecidamente inovadoras adotarem um modelo de gestão da inovação baseado em estratégias de colaboração e co-criação de valor com os diversos atores de seu ecossistema de negócios e de sua rede de valor. A interação entre estes agentes visa captar a experiência dos clientes e outros stakeholders, com o objetivo estratégico de criar valor conjuntamente com eles e oferecer novas soluções completas e integradas que possam melhor atender suas necessidades. Pesquisas sobre a capacidade de inovar de empresas brasileiras indicaram que aquelas que adotaram estratégias de inovação envolvendo ativamente os recursos de seu capital social, se destacaram no mercado competitivo e deram sustentabilidade aos seus negócios ao longo das últimas décadas. Verificou-se, também, que a baixa integração entre os atores da cadeia produtiva em empresas brasileiras, seus consumidores e a comunidade como um todo, pode contribuir como um fator restritivo para sua capacidade de inovar.
Dentro deste cenário, o capital social se torna um ativo intangível estratégico para alavancar a capacidade de inovação das organizações do século XXI, demandando destas uma nova competência: a capacidade de gerir seu capital social para gerar inovações.
Palavras-chave: Capital Social, Ativos Intangíveis, Gestão da Inovação, Estratégia
Organizacional, Capacidade de Inovar.
1.
Introdução
Os modelos de gestão de processos de inovação evoluíram significativamente desde a década de 50, de modelos unilaterais e lineares para modelos altamente interativos e colaborativos, contemplando a rede de valor1 das