Inovação e biotecnologia
Como já destacado pelo presente trabalho, o conhecimento e a informação vem, cada vez mais, ocupando lugar central na sociedade. Essa nova sociedade da informação traz em seu âmago o desenvolvimento de novas configurações produtivas, organizacionais e tecnológicas. Essas últimas, tem como núcleo central de seu avanço a crescente capacidade de produção e tratamento de informação, e sua aplicação direta nos processos produtivos. Assim, pode-se destacar, nesse processo, o tratamento da informação da matéria viva, ou a biotecnologia, onde a diversidade biológica e genética é matéria-prima básica para os avanços que se observam nessa área, sendo transformada de recurso natural em informacional (ALBAGLI, 1998). A revolução das ciências da vida nasceu e cresceu pela atividade de pesquisa. Laboratórios públicos de pesquisa a instituições de educação superior são o núcleo da interação baseada na ciência, juntamente com a pesquisa baseada nos negócios além de outros organismos privados (COMMISION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES, 2002). A fim de iniciar o estudo da biotecnologia, faz-se necessário, primeiramente, defini-la. No entanto, devido ao crescente interesse levantado por este setor nos últimos tempo, criaram-se diversas definições, nem sempre semelhantes e com o mesmo ponto de vista. Assim, para este trabalho, optou-se a definição adotada pela OCDE, de que a biotecnologia é “a aplicação de princípios científicos e de engenharia para o processamento de materiais por agentes biológicos para o fornecimento de bens e serviços” (BULL, HOLT e LILLY,1982, p.18). Cabe aqui esclarecer que, nesta definição, “agentes biológicos” e “materiais” referem-se, respectivamente, a ampla gama de processos biológicos, mas particularmente aos microorganismos, enzimas e células animais e vegetais, e a todos os materiais orgânicos e inorgânicos. Assim, não é a diversidade da natureza, ou da vida em si, o que vem sendo revalorizado, mas sim a informação