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Inflação acumulada de 2013 fica dentro da meta, diz IBGE
A inflação ficou em 5,91%, acima do registrado em 2012.
Comer fora de casa ficou ainda mais caro.

Foi divulgada nesta sexta-feira (10) a inflação de 2013, que ficou em 5,91%. Foi um índice acima do registrado em 2012, mas abaixo do teto da meta do governo de 6,5%. O que mais pesou no bolso dos brasileiros foram os alimentos. Já dezembro teve a maior inflação mensal dos últimos 10 anos.
O preço das passagens aéreas acelerou e não foi pouco em dezembro – 20,13%. A gasolina também ficou mais cara, 4,04%. Os transportes representaram, sozinhos, quase um terço da inflação no mês passado.
"Na verdade o transporte veio represado o ano inteiro, o governo segurou o aumento dos combustíveis, e quando chegou agora no final do ano deu o reajuste e o combustível se reflete em toda a economia, se reflete no transporte, na área de aviação, em tudo”, explica a professora de finanças da FGV Myriam Lund.
Em dezembro, o IPCA subiu 0,92%, acima da expectativa dos economistas. Desde abril de 2003 a inflação mensal não era tão alta.
Quem faz compras no supermercado sabe que boa parte do orçamento fica nas compras com alimentos, que também pressionaram a inflação em dezembro. Não chega a ser uma novidade, porque foi assim durante praticamente todo o ano passado. A alimentação foi a que mais pesou no bolso do consumidor em 2013 – 8,48%.
Comer fora de casa ficou ainda mais caro – 10,07%. Aumentaram também o aluguel residencial, 12,01%, e os custos com empregadas domésticas, 11,26%. Poderia ter sido pior segundo a pesquisadora do IBGE Eulina Nunes. “A energia elétrica, cujas tarifas foram reduzidas significativamente nesse ano, e os ônibus urbanos, que em média não tiveram reajuste no ano frente às manifestações, contribuíram muito pra conter a taxa do ano que sem dúvida poderiam ser diferentes se não fosse esse acontecimentos.”