Infecções do trato respiratório superior
Nelson Caldas
Sílvio Caldas Neto
Infecções do Trato
Respiratório Superior
INTRODUÇÃO
O trato respiratório superior é compreendido entre as aberturas anteriores das fossas nasais, as narinas e as cordas vocais, que constituem a glote.
Revestido por mucosa do tipo respiratório, ou seja, epitélio pseudo-estratificado ciliado em quase todo o seu percurso, perde suas características ao nível da faringe, quando se confunde com o trato digestivo e em algumas áreas da laringe, como epiglote e cordas vocais. Os batimentos ciliares dirigem a camada de muco, que cobre a mucosa, sempre na direção da faringe, para, daí, ser a secreção deglutida, ganhando o caminho do trato digestivo.
RINOSSINUSITES
GENERALIDADES
São processos inflamatórios da mucosa das fossas nasais e dos seios paranasais. Estes representam cavidades que constituem o complexo rinossinusal e que guardam entre si uma grande identidade fisiopatológica, pois são revestidas pela mesma mucosa.
As fossas nasais, em número de duas, são divididas por um tabique osteocartilaginoso, o septo nasal, parede medial comum às duas. As paredes laterais são muito acidentadas, a partir de projeções ósseas cobertas por mucosa, os cornetos nasais. Esses cornetos, em geral em número de três,
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CAPÍTULO 7
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em forma de telha, protegem recessos chamados meatos. O corneto inferior é o mais volumoso e protege o meato inferior, onde se abre o canal lacrimal, via de drenagem da lágrima. Muito vascularizado, possui os chamados lagos venosos, capazes de encherem-se e de esvaziarem-se de sangue, diminuindo ou aumentando a luz das fossas nasais, ao comando especialmente do sistema neurovegetativo simpático e parassimpático.
O corneto médio encontra-se logo acima e posteriormente ao inferior.
Não tem a exuberância vascular do precedente e protege o meato médio, este, extremamente importante na fisiopatologia dos seios paranasais, pois é em
seu