Industria cultural e renovação literaria

INDÚSTRIA CULTURAL E RENOVAÇÃO LITERÁRIA

6.1-Escritores de hoje

Multiplicam-se , nos anos 60, é por essa época que nascem instituições como a fundação do livro escolar (1966) e da Academia Brasileira de Literatura Infantil e juvenil, criada em São Paulo, em 1979.
Ao longo dos anos 70, Instituto Nacional do Livro (Fundado em 1937) começa a co-editar, através de convênios, expressivos número de obras infantis e juvenis, o que representa, do ponto de vista do Estado um investimento bastante significativo na produção de textos voltados a população escolar cujo baixo índice de leitura , por essa mesma época começa a preocupar autoridades educacionais, professores e editores.
Essa mobilização do Estado, apoiando e agilizando entidades envolvidas com livros e leitura, correspondeu, no plano da iniciativa privada, ao investimento de grandes capitais em literatura infantil quer inovando sua veiculação quer aumentando o número e o ritmo de lançamento de títulos novos.
Muitos autores inclusive os consagrados não desprezaram a oportunidade de inserir-se nesse promissor mercado de livros o que trouxe para as letras infantis o prestígio de figuras como Mario Quintana, Cecília Meireles, Vinícius de Morais e Clarice Lispector.
Essa Produção maciça de obras para as crianças insere-se num contexto social politico e econômico que favorece um modo de produção bastante moderno e condizente com a etapa do capitalismo que os anos 60 inauguram no Brasil.
O fato de os livros para as crianças serem produzidos dentro de um sistema editorial mais moderno implica regularidade de lançamento no mercado e agenciamento de todos os recursos disponíveis pra a criação e manutenção de um público fiel.
Depois de Lobato, que não abandona o Sitio de Dona Benta e nem seus netos e moradores, vários escritores contemporâneos repetem figuras e ambientes, fazendo sua obra correr risco de redundância e aproximando perigosamente da cultura de massa.
A literatura infantil brasileira