Indivíduo, cultura e sociedade
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A presente leitura do texto “Indivíduo, cultura e sociedade” é de grande importância para uma boa compreensão sobre a constituição do indivíduo, a construção subjetiva do sujeito enquanto homem histórico-cultural, não esquecendo, porém, que ele é um ser biológico. O título do texto reflete muito bem a posição da psicologia social como gestora de uma integração, interação e relação com outros domínios da ciência moderna e contemporânea (tendo em vista a que o indivíduo tem sido estudado pela psicologia, a sociedade pela sociologia e a cultura pela antropologia social). Esta interação é muito bem desenhada por na construção de sua tese, usando tantos argumentos psicobiológicos, antropológicos quanto sociológicos. De início, parte do pressuposto de que o homem se difere dos outros animais por ser um animal cultural e que o domínio do uso da fala marca o início do processo de interpretação e interação com o simbólico contido nas instituições culturais. Através da fala a criança internaliza controles e planejamentos para seus comportamentos pré-programados ligados à sua estrutura biológica (os “instintos”), controles e planejamentos que passam de um plano interpessoal (das relações sociais) para um plano intrapessoal, onde tal processo desenvolverá um controle egóico no indivíduo, que, finalmente o propiciará e o habilitará controlar suas atividades. Assim, o jeito de andar, de se expressar, hábitos de higiene, emoções, o modo de fabricar e usar instrumentos, será adquirido nas relações socioculturais, onde o indivíduo sofrerá o processo de “enculturação”, assimilando uma quantidade substancial da cultura que o cerca e desenvolvendo características que o tornará “humano” e que o tornará um ser socializado, em oposição a um “homem selvagem”. “Valores culturais e a aquisição do conhecimento e habilidades, as preferências e julgamentos estéticos, morais e acadêmicos...”. Logo se chega à conclusão de que as relações interpessoais são crucias para conceituar o