Individuo

396 palavras 2 páginas
Aristóteles é realista. Embora tivesse agudamente acentuado a prioridade ideal-lógica do Estado sobre o indivíduo e a família, o modo de ser próprio do Estado, no sentido da sua existência real, realiza-se para êle nos indivíduos, famílias e comunidades, realmente vivendo no espaço e no tempo. Constituem eles os elementos do Estado e a sua realidade. Ε não devemos considerá-las como estágios intermediários a deverem ser ultrapassados, e que nenhuma outra significação teriam senão a de deixarem de ser, para vir o todo a ser tudo. Inversamente, o todo só existe existindo eles. Anulá-los ou destituí-los da sua significação seria destruir o Estado e privá-lo da sua realidade própria. Por isso, a idéia do Estado, como um todo, não é inoperante, pois faz sentir o seu influxo e se afirma como o logicamente anterior. Igualmente, porém, os elementos do Estado — indivíduos, famílias e comunidade, são realidades positivas e ativas. Na Filosofia aristotélica do Estado, reconhecemos, ainda uma vez, toda a sua teoria do conhecimento e a metafísica. Para todo real a forma constitui a realidade metafísica. A idéia porém não é tudo, mas tem, ao seu lado, diversamente do que pensa Platão, a realidade do individual e concreto, como algo de próprio e existente por si, donde derivam, então, os direitos dos elementos do Estado como as realidades primeiras que o suportam. Deles vive o Estado, como a substância segunda, da primeira. Que ao lado desses direitos há também deveres, resulta evidentemente da convergência imanente desses elementos para o Estado. Os direitos e dever es essenciais não são obra do acaso on da violência, mas são naturais e a priori. Aristóteles, na sua Filosofia do Estado, conjuga, de modo muito feliz, ideal idade e realidade, o todo com a parte, a comunidade e o indivíduo, direitos e devores, numa síntese onde, sempre, um lado pressupõe o outro e o afirma, como conceitos correlatos se pressupõem e afirmam mutuamente, ou como, numa. tensão polar de dois contrários,

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