Independência Da América Espanhola

Independência da América Espanhola
ANTECEDENTES

As ideias iluministas, que colocaram as sociedades como responsáveis pela sua própria organização, incentivaram as lutas contra a exploração colonial. Na América, a independência dos Estados Unidos, em 1776, marcou o início das guerras de independência e do aparecimento da idéia de nações americanas, rompendo com a forma tradicional de ver o continente americano como uma extensão das terras da Europa (o Brasil, por exemplo, era uma extensão do território português no além­mar). A partir de 1810, depois de um processo revolucionário que durou cerca de trinta anos, as antigas colônias de Portugal e Espanha começaram a se tomar países independentes. No século XVIII, a Espanha encontrava­se em um acentuado declínio político e econômico. Desde o século
XVII, quando a Invencível Armada espanhola foi derrotada pela Marinha inglesa, o reino espanhol entrou em decadência e perdeu a condição de grande império colonial. Na segunda metade do século XVIII, diante da dificuldade em acompanhar os novos rumos da economia europeia, que já seguiam o caminho da industrialização, a metrópole promoveu um arrocho na exploração colonial, ampliando o número de conflitos entre chapetones e criollos
.
Chapetone era a forma pejorativa pela qual os hispano­americanos designavam os nascidos na Espanha; criollo era o nome dado aos brancos descendentes dos espanhóis e nascidos na América. Os criollos formavam a elite nativa, mas se viam sempre colocados em segundo plano pela Coroa, que só permitia a participação dos espanhóis de nascimento na administração colonial.
Diante do arrocho colonial, os criollos passaram a defender a independência. Também eram favoráveis à independência: os letrados, influenciados pelas