Implantação do regime de metas no brasil

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IMPLEMENTAÇÃO DO REGIME DE METAS NO BRASIL. Em julho de 1994 foi introduzido no Brasil o Plano real que obteve êxito em romper com a alta taxa de inflação registrada no país. A política cambial implantada na época era baseada em uma variação de regime de câmbio fixo. Devido ao déficit em transações correntes a economia se tornou muito dependente de capitais externos, de curto prazo, como forma de manter as reservas internacionais em níveis elevados para proteger a estabilidade da taxa de câmbio. As instabilidades externas geradas pelas crises asiática (outubro de 1997) e russa (setembro de 1998) fizeram com que a taxa de juros se estabelecesse como a maior do mundo. Ao mesmo tempo que, o aumento da dívida interna, o agravamento da situação do déficit público e o aumento de riscos de ataques especulativos associados à deterioração das contas externas levaram a uma mudança do regime de câmbio fixo para flexível em janeiro de 1999. Devido à necessidade de uma nova âncora nominal, em junho de 1999 foi adotado o regime de metas de inflação e a taxa de juros passou a ser o principal instrumento para a condução da política monetária. O regime de metas de inflação, ou “inflation targeting” foi implantado no Brasil pelo Decreto nº 3088, de 21 de junho de 1999, que estabeleceu a sua sistemática e o instituiu como diretriz para fixação do regime de política monetária. O regime de metas foi instituído com a finalidade de orientar as ações da política monetária do governo para manter a taxa de inflação da economia dentro de uma faixa previamente definida. A adoção deste regime parte da premissa que a estabilidade de preços é necessária, pois sem ela há prejuízo para a economia no longo prazo. Mas não podemos esquecer que as medidas de política econômica empregadas não podem fugir aos parâmetros fundamentais da Constituição da República de 1988. Portanto, as regras ou a discricionariedade na escolha de quais medidas devem ser

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