imperio bizantino

No Império Bizantino, a religião (religião cristã ortodoxa) era um dos pilares do poder imperial, a motivação básica e a justificativa de uma política exterior, além da produção cultural. A importância da religião fica demonstrada em três fatores: extensão e influência das estruturas eclesiásticas, a espiritualidade popular e as inúmeras controvérsias teológicas com pesados desdobramentos políticos e sociais, como foi dito anteriormente, o poder imperial estava atrelado à igreja e vice-versa, tanto que a escolha do patriarca se fazia através de uma lista tríplice elaborada por um sínodo, mas freqüentemente acabava indicando um quarto nome, totalmente de sua confiança, completando assim a fusão tipicamente bizantina entre o poder temporal e o poder espiritual. Nesse contexto, temos a figura do Imperador como um absoluto de Deus na Terra, transmitindo a ideia de que Bizâncio era uma réplica imperfeita do reino dos céus, de forma que o não pagamento de impostos consistia em um pecado maior do que os de natureza espiritual.
Constantinopla continha um grande número de relíquias sagradas do mundo antigo, motivo este de cobiça por outros povos e pivô de guerras santas. Esse fator forte de religiosidade levaram os Bizantinos a fazerem uso de adivinhações, através da astrologia, bibliomancia. Questões monofistas (doutrina que prega que a natureza humana e divina de Cristo era separada) e Iconoclasta (A negação aos Ícones) fizeram com que o Oriente e Ocidente travassem intermináveis guerras civis e discussões, ocasionando a divisão entre as Igrejas em Católica Romana e Ortodoxa.

AS ESTRUTURAS POLÍTICAS
As concepções políticas estavam ligadas a uma visão religiosa do universo, pois o imperador bizantino era visto pelo seu povo como um vice-Deus e assim como Deus é o regulador da ordem cósmica, o imperador bizantino com seu prolongamento humano deveria ser o regulador da ordem social. No geral o imperador necessita da figura do pobre para manter sua imagem e poder, pois