Iluminismo

O Iluminismo

A princípio cumpre destacar que o iluminismo insurgiu após séculos e séculos de um regime absolutista, mergulhado no obscurantismo e ignorância, inclusive, dá-se essa terminologia justamente porque o iluminismo trouxe uma nova era, aclarada pela ciência, pela razão e pelo respeito aos seres humanos. Para o iluminismo, o pleno exercício da razão produz maior clareza possível sobre sua própria natureza e seu significado (cf. TAYLOR, 1997, p. 451).
Este movimento promoveu profundas mudanças no cenário político, econômico e social que o povo europeu se via durante o século XVIII, fundados nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
As principais ideias que sustentavam o iluminismo, inicialmente, eram difundidas e defendidas por grandes filósofos, que se nomeavam como propagadores da luz e da sabedoria. Eles eram absolutamente contra o antigo regime e repudiavam todas as suas características, e ainda, criticavam a influencia da Igreja no governo, os privilégios reservados ao clero e a nobreza. Importante mencionar que não era questionada a fé em Deus, porém a razão foi priorizada, de modo que afirmavam somente ser possível chegar ao entendimento de fenômenos naturais e sociais por meio do um pensamento fundado no racionalismo.
Tão logo os pensamentos liberais do iluminismo se popularizaram e conquistaram a sociedade europeia e, consequentemente, com o questionamento latente da população em relação às condições em que eram submetidos pelos regimes monárquicos, muitos reis absolutistas passaram a se sentirem intimidados e com receio de perderem seus tronos ou até mesmo a cabeça, cederam a algumas ideias iluministas e as incorporaram em seu governo. Eles criaram uma legislação mais favorável a seu povo no que tange ao comercio, a manufatura, criaram novas escolas laicas e reduziram os privilégios do clero. São os chamados Depostas Esclarecidos e dentre eles estão: Frederico II, Rei da Prússia (1712-1786); Catarina II, Czarina da Rússia