Ilpf
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta na Região Noroeste do Paraná
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Na atualidade a agricultura é submetida a grandes desafios, como a produção de alimentos, em elevada quantidade e qualidade, energia, fibra, madeira e outros bens para a humanidade e, ainda, auxiliar na mitigação de gases causadores do efeito estufa. Soma-se a isso a necessidade de atender essas demandas com o mínimo impacto ambiental, associado ao reduzido consumo de insumos que apresentam reservas finitas no planeta, como fósforo, potássio e petróleo. Isso se torna mais complexo com a inserção de fatores sociais. Dessa forma, o grande desafio é a produção de bens que a humanidade demanda com baixo impacto ambiental e, ao mesmo tempo, permitindo que as famílias de agricultores consigam viver com dignidade no meio rural. Nesse contexto, a alternativa mais apropriada é o uso de sistemas de produção que ocupem eficientemente os recursos disponíveis nos agroecossistemas, concomitante à melhoria da qualidade do solo e da água, redução do consumo de insumos e geração de maior renda por área (Balbinot Jr. et al., 2009; Nair et al., 2010). A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) é um sistema importante para atingir esses objetivos (Nair et al., 2010; Reganold et al., 2011), pois pressupõe a recuperação de áreas degradadas, aumento da diversificação, redução de riscos, melhoria da qualidade do solo e água, alto bem-estar animal, além de auxiliar na mitigação de gases causadores de efeito estufa (GEE), principalmente dióxido de carbono. A iLPF pode ser definida como um sistema de produção que alterna, na mesma área, o cultivo de espécies para produção vegetal, pastagens e florestas, de forma concomitante ou não, de modo que haja sinergia entre as atividades (Nair et al., 2010). É importante ressaltar que a iLPF é uma das tecnologias que compõem os compromissos voluntários assumidos pelo Brasil na ultima Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP-15, realizada em Copenhague, em