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“Nada é mais frágil que as amizades humanas; levam muitos anos para se formarem e um momento só as desfaz.” Pensamento do jesuíta francês, professor de retórica, filosofia e teologia Louis Bourdaloue (1632-1704). Tendo visto que vivemos num mundo de fragilidades, pode-se dizer que há diversos tipos delas e graus diferentes de intensidade das mesmas.

Não há dúvidas que as fragilidades se manifestam mais intensamente nos relacionamentos humanos. Ainda que nos envolvamos com a tecnologia e com os meios naturais, os problemas advindos destes não nos afetam tanto como quando somos atingidos nos relacionamentos interpessoais. Dentre estes temos a relação conjugal, os filhos, as amizades, onde colaboramos e por fim, somos também atingidos pelos problemas sociais e ecológicos. Senão vejamos.

A fragilidade do relacionamento conjugal. O grande envolvimento emocional envolvido neste faz dele o mais poderoso e, paradoxalmente, uma das mais frágeis relações. Já vimos que os crimes passionais proliferam em nossa sociedade. A intensidade do envolvimento é inversamente proporcional à intensidade da decepção e retaliação quando há ruptura na relação por qualquer motivo. Em poucos momentos da história o núcleo básico da sociedade tornou-se tão frágil.

A fragilidade dos relacionamentos consanguíneos. Pais, filhos e irmãos encontram-se num campo de manifestação das grandes potencialidades dos relacionamentos, mas também das maiores fragilidades. Inúmeros problemas sociais e psicológicos com seus transtornos de personalidade se manifestam devido aos distúrbios desta relação. Neste caso, os homens ocupam uma posição importante na relação. Pais durões ou omissos, superprotetores ou desleixados, não importam de qual lado à balança pende o desiquilíbrio sempre deixa suas marcas.

A fragilidade das amizades. Poucos relacionamentos proporcionam mais alegria do que ter bons amigos. O Sábio Rei Salomão escreveu: “O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado