Idoso no contexto asilar

Define-se asilo como casa de assistência social onde são recolhidas, para sustento ou também para educação, pessoas pobres desamparadas, como mendigos, crianças abandonadas, órfãos e velhos. Geralmente, os idosos são a maioria em asilos. Os adultos se sentem incomodados em cuidar de pessoas de idade, por ser um “trabalho muito grande” nos dias de hoje, já que a valorização ao trabalho é maior do que a responsabilidade de cuidar de alguém que já cuidou de você.
Em 1794, no Rio de Janeiro, começou então a funcionar a Casa dos Inválidos, não como ação de caridade, mas como reconhecimento àqueles que prestaram serviço à pátria, para que tivessem uma velhice tranquila.
Cerca de 70% dos asilos que existem hoje no Brasil foram abertos a partir dos anos 80. Cada asilo abriga, em média, 25 pessoas. O gasto mensal de um idoso no asilo é de 600 reais.
Os números correspondentes às pessoas desses asilos são:
• São Inválidos: 14%
• Têm entre 60 e 70 anos: 23%
• Têm entre 70 e 80 anos: 30%
• Têm mais de 80 anos: 33%
Os novos e velhos estereótipos da velhice parecem mostrar o quanto a nossa sociedade age no sentido de tentar tornar homogêneos os grupos etários. Talvez esteja faltando permitir àqueles que envelhecem a liberdade da heterogeneidade. Derrubar algum desses mitos poderia ajudar a diminuir a dicotomia entre o horror às situações de dependência física ou mental e o alucinado frenesi dos “jovens da terceira idade”. Com isso, talvez a velhice pudesse ter restituída um pouco de sua humanidade, escondida em torno dos aparatos institucionais que se criaram ao seu redor.
Com mais de 20 milhões de idosos o Brasil tem apenas 218 asilos públicos. Para o idoso, é sempre melhor ficar com a família. Se for necessário colocá-lo em um asilo, a família deve visitá-lo maior frequência possível.