IDENTIDADES E COLETIVIDADES
Existência é o estado do que existe. Existir é Ser. Ser é ter existência e uma identidade.
Identidade é o conjunto de características que distinguem uma pessoa ou uma coisa e por meio das quais é possível individualizá-la. EU é a individualidade da pessoa humana. http://www.vireiviral.com.br/#artistas A Existência é por si só uma dialética. Uma sequência de auto-referenciação. Um metaconceito.
“Quem sou”, “quem somos” e “o que me torna diferente no rebanho”. Questões que extrapolam tempo, cultura, espaço. O fato de que a única possibilidade de certificar-se da existência é concebendo a “não existência”, torna drasticamente suspeito o entendimento do que é “ser”.
Mas é fato que somos. Ou pelo menos é nisso que temos que crer. Para ser. E sobre isso, diria Sartre, “O homem está condenado a ser livre”. O peso da liberdade está em ser responsável pelo seu SER. E é sendo que o homem vai moldando sua identidade. O peso dessa escolha não é um fardo só pra si. Afeta a todo o conjunto.
“Somos todos retalhos de uma textura tão disforme e diversa que cada pedaço, a cada momento, faz seu jogo. E existem tantas diferenças entre nós próprios como entre nós e os outros.”
- Michel de Montaigne, Ensaios, Segundo Volume, I (1580).
Cada Eu tem uma identidade: formada por um fluxo constante e pulsante de pequenos eventos, que moldam personalidade, subjetividade, características visíveis e ocultas que, embora pareçam ter sido feitas sob medida, são resultado de escolhas que afetam não só a si próprio, como o todo. Eis o peso da liberdade.
E o que acontece quando esses pequenos eventos se multiplicam e se tornam hipertextualizados? A identidade passa a ser formada ou deformada pela superabundância de episódios e acontecimentos concomitantes e, paradoxalmente,
multidimensionais e assíncronos? Essa reflexão, ainda que flerte com o inverossímil, está posta na dialética do presente. E é objeto de investigação desta segunda edição de Virei Viral, projeto que